quinta-feira, 9 de maio de 2013

O relincho do cavalo


Vem, enrosca-te em mim…o teu animal lusitano,
raçudo, gracioso , esbelto, puro
Sobe  meu dorso
pouso e abrigo das tuas coxas redondas
Enrola-te na seda das minhas mãos robustas e longas …
E sem demora apaga esses temores… solta essa língua macia que lambo na minha boca viscosa de avidez e meiguice….
Agora sossega a  perturbação … mas não prendas tuas asas ao chão.
Sufoca a respiração na minha
na batalha de salivas,
no esgrimir frenético de bocas amantes…,
dedos ágeis andam sulcando os teus desassossegos,
atiçando o vulcão que se esconde no interior da ilha.
Sempre sem rota
Roçando …à deriva
Paulatinamente apertando, apalpando
a carne amena e branda
Sinto já a gárgula do teu jardim sufocada em mim, a gotejar na palma da minha mão aberta 
Estremeço todo e sobressalto contigo….

R  e l i n c h o …..
e monto teu dorso de égua  sem demora
Gemes e gemes mais ainda…mais alto
Carruagem naufragada em pântanos  de linho
retrato minhas fantasias contigo;
sabores afrodisíacos  emergem quarto adentro,
povoam a cama, sombras de homens e mulheres nas paredes 
E a minha boca impaciente engole teus mamilos voluptuosos.

Cavalgo-te num arfar, de resfolgar, alçar-te nos prados desertos e distantes,
Na aflição certa de chegar…
Narro-te sussurrante cenários obscenos numa linguagem indecorosa,
prados plenos de zumbidos aluados
Encho o teu ouvido da minha malícia
Cavalgo-te sem destino, errante
Com toda a força da satisfação lasciva…
Nas minhas mãos, rendida
Nas tuas costas unido e apertado…a minha boca…os meus braços…as ancas firmes.
Lambo teus poros evaporados na libido pulsante e fértil.
Invado sem piedade a vegetação crispada de arrepio

Deixo vestígios das minhas pernas nas tuas …
a percorrerem o transitável
Todo o fogo que em ti arde
Em mim arde
Sacias-te na minha fonte cristalina
A fonte jorra e a tua boca imiscui-se na minha.
Devoro-te…e quanto mais me entrego
Mais te tornas insaciável.
Vibras , sibilas, arquejas vergada
Como eu gosto desses teus sois maduros, fartos e duros.
Verte leite em abundancia
líquido copioso
E a minha língua lambe
Mesmo ali à esquina da cama
Há silhuetas másculas e viris
Que te seduzem
Certos homens cabem dentro da nossa imaginação
numa salva de prata presenteio-te aos deuses gregos e troianos
E numa cama de rosas fazem-te relampejar de cio…
vou- te segredando a narrativa erótica
E tu vibrante incendeias-te …e eu deposito mais lenha na doce cama
Subitamente tornas-te chaminé projétil e eu explodo contigo
Sou o teu cavalo, deus grego, deus troiano…
Que te amarfanha, que te esmaga, que te queima, que te enlouquece, chama viva em brasa.
Atingimos o cume da montanha…
Estremeces, gritas, e assustas a noite
Na nossa cama de orgias inflamadas, as figuras galhardas e valentes esfumam-se
Os teus gargarejos cessam…os gladiadores desaparecem e permanece uma poalha cósmica
espiralada e irregular, tranquilamente o nosso sistema solar arrefece e adormece….e tu enternecida sussurras-me :

“ Meu cavalo de Tróia…”





















Nota: As fotos são retiradas Net, e posteriormente trabalhadas por mim.

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